Moradores relataram as maiores dificuldades enfrentadas em setores como saúde e transporte no distrito
Os inúmeros problemas que assolam Mosqueiro, distrito de Belém, foram discutidos durante uma audiência pública, ontem de manhã, na ilha. Moradores criticaram o atendimento nos postos de saúde, transporte coletivo e a infraestrutura urbana, além de relatar preocupação com a insegurança no distrito e deficiências no setor da educação.
Os inúmeros problemas que assolam Mosqueiro, distrito de Belém, foram discutidos durante uma audiência pública, ontem de manhã, na ilha. Moradores criticaram o atendimento nos postos de saúde, transporte coletivo e a infraestrutura urbana, além de relatar preocupação com a insegurança no distrito e deficiências no setor da educação.
O encontro, mediado pelo vereador Adalberto Aguiar (PT), vice-presidente da Câmara Municipal de Belém, aconteceu no bairro do Maracajá, e serviu para que representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), Companhia de Transporte do Município de Belém (CTBel), Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saaeb), das polícias Civil e Militar e do Ministério Público do Estado ouvissem as queixas da população.
Saneamento - 'No meu bairro, a maioria das ruas está sem saneamento básico, o lixo leva até três semanas para ser recolhido e o abastecimento de água não existe', desabafou Maricléa Louchard, Presidente da Associação Movimento de Ação Comunitária M.A.C. do Aeroporto. Moradores dos bairros Carananduba e Maraú fizeram reclamações semelhantes.
Transporte - Segundo a aposentada Maria José Barbosa, há dias em que é preciso esperar até três horas por condução. 'Quando tenho de vir do Carananduba para resolver alguma coisa na Vila, saio com bastante antecedência porque sei que o ônibus não tem hora para passar', informou.
De acordo com a CTBel, 14 veículos do tipo micro-ônibus fazem o transporte interno na ilha, frota que seria suficiente para atender a demanda dos 19 bairros existentes. 'O que pode estar acontecendo é uma redução da frota por parte da empresa. Nesse caso, a CTBel vai colocar uma equipe de fiscalização nas ruas para comprovar se a empresa reduziu o número de veículos', prometeu Paulo Serra, representante da companhia. Caso se comprove a irregularidade a empresa pode vir a ser autuada. O transporte público entre a ilha e Belém é feito por 11 ônibus.
Saúde - A falta de médicos nos quatro postos de saúde existentes também é um problema grave. Moradores do Carananduba e do Aeroporto alegam que as unidades existentes nos dois bairros estão praticamente desativadas. 'O atendimento odontológico e ginecológico foi suspenso e, em alguns casos, nem o atendimento de urgência e emergência funciona', explicou Fátima Carneiro, presidente do Instituto Ampliar, uma organização não governamental.
Walber Coelho, que representou a Sesma na reunião, admitiu a falta de médicos. Segundo ele, a maioria pediu demissão. A Sesma, no entanto, já estaria contornando o problema com a ampliação do contrato com a cooperativa Amazoncoop, que já presta serviços médicos à Prefeitura de Belém. 'Teremos uma reunião com os gestores dos postos para que eles especifiquem qual é a demanda de cada um', prometeu Coelho. Outra promessa dele é que as unidades voltarão a funcionar com atendimento ambulatorial ainda neste mês.
Segundo o vereador Adalberto Aguiar, a partir da audiência pública será eleborado um relatório para os órgãos participantes para que sejam tomadas providências.
Ponte - Diferente do que foi anunciado pela Secretaria de Estado de Transportes (Setran) nesta semana, apenas quatro operários faziam, ontem de manhã, a pintura da proteção lateral da ponte Sebastião de Oliveira, a ponte de Mosqueiro. A estrutura deveria ter entrado em obra para recuperação do piso e da própria proteção lateral - que cedeu em um dos trechos. No entanto, os trabalhadores admitiram que foram orientados a fazer apenas a pintura e não souberam informar quando o restante da obra terá início.
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