"Ser educador é muito mais do que ser professor. Para ser educador, não basta conhecer teorias, aplicar metodologias, é preciso uma predisposição interna, uma compreensão mais ampla da vida, um esforço sincero em promover a própria autoeducação, pois o educador verdadeiro é aquele que, antes de falar, exemplifica; antes de teorizar, sente e antes de ser um profissional é um ser humano." (Incontri)


"É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática." (Paulo Freire)


"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar e para convencer, para corrigir e para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e preparado para as boas obras” (2 Tm 3, 16-17)

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Dia da árvore: temos o que comemorar?

Dia da árvore: temos o que comemorar?

 21 de setembro de 2012

Conversando com os alunos das escolas Helena Guilhon e Dilma Catete sobre florestas urbanas, percebi que nesse dia da árvore os moradores de Belém não tem muito o que comemorar. 

O IBGE revelou que Belém é cada vez menos arborizada. Em plena Amazônia, detemos o título de cidade com o pior índice de arborização do País (24,4%), enquanto Goiânia chega a quase 90% de domicílios com arborização nas quadras e entorno.

De 1986 a 2006, segundo dados do IMAZON, deixamos que o processo irracional de desenvolvimento urbano nos privasse de 219 km² de nossas florestas remanescentes na Região Metropolitana de Belém (RMB). Foi como permitir o desmatamento da ilha do Mosqueiro como um todo. No período entre 2001 e 2006 perdemos silenciosamente o equivalente à área de 27 Bosques Rodrigues Alves por ano. Infelizmente o IMAZON não atualizou os dados sobre o desmatamento em Belém, mas a situação não deve ter melhorado. 

Pesquisa recente do IBGE revelou que a RMB concentra na atualidade uma proporção assustadora de 89% de sua população, ou absurdos 1.131.268 pessoas, vivendo em áreas de ocupação desordenada. É a maior proporção de pessoas em favelas entre todas as regiões metropolitanas do País, um desafio à criatividade humana para tentar colocar árvores nesses locais. 

De forma absurda as autoridades locais, insensíveis ao problema, favorecem ainda o processo de especulação imobiliária liberando criminosamente áreas antes protegidas pelo Plano Diretor Urbano, como no caso da floresta da orla do rio maguari, para a construção de condomínios fechados, além do anuncio irresponsável de obras, como a ponte ligando a ilha de Caratateua ao Mosqueiro, sem antecipar medidas de proteção das florestas remanescentes.

Esse quadro de desordem urbana e miopia política parece desanimador, mas ao ver o entusiamo daqueles jovens com a cabeça cheia de idéias transformadoras, renovei minha esperança de que, com a participação da sociedade e o aperfeiçoamento de nossas instituições políticas, podemos construir uma nova civilização tropical que veja em suas florestas e em sua diversidade um motor para o seu desenvolvimento e para a promoção da qualidade de vida, não um empecilho. Nesse momento eleitoral, não deixe de pensar nisso antes de votar.
Por uma Belém Ecópole da Amazônia. Crendo no futuro: Feliz dia da árvore! 

Bembelelém 
Viva Belém!
... ... ... 
Cidade pomar

Manoel Bandeira

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