"Ser educador é muito mais do que ser professor. Para ser educador, não basta conhecer teorias, aplicar metodologias, é preciso uma predisposição interna, uma compreensão mais ampla da vida, um esforço sincero em promover a própria autoeducação, pois o educador verdadeiro é aquele que, antes de falar, exemplifica; antes de teorizar, sente e antes de ser um profissional é um ser humano." (Incontri)


"É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática." (Paulo Freire)


"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar e para convencer, para corrigir e para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e preparado para as boas obras” (2 Tm 3, 16-17)

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sábado, 14 de maio de 2011

VIOLÊNCIA DOS ALUNOS PROVOCA STRESS PÓS-TRAUMÁTICO EM PROFESSORES

 

Violência dos alunos provoca stress pós-traumático em professores

Professores são afastados para tratamento após problemas com alunos.
Problema acontece em escolas públicas e privadas, diz sindicato do Rio.

Do G1, com informações da GloboNews
Um problema comum nas escolas é a violência contra escolas públicas e provadas. Nem todas as Secretarias de Educação fazem um levantamento estatístico dos casos de violência física e psicológica contra os professores. Mas eles existem e são muitos. O stress pós-traumático tem se tornado frequente entre esses profissionais.
Com 24 anos de profissão, a professora Nádia de Souza Barbosa conhece bem a realidade da violência nas escolas. "Eu estava em uma sala que não tinha chave, eu me encostei na porta para dar aula um aluno por três vezes chutou a porta sabendo que eu estava ali."
Joseneide Santos de Aquino relata que três alunas colocaram acetona e veneno para matar ratos no café da sala dos professores. "A diretora estava muito assustada e avisou que uma avó ligou para falar que a neta viu umas meninas colocando 'chumbinho' no café dos professores", conta.
As duas professoras estão afastadas há quase dois anos para tratamento de um transtorno de stress pós-traumático adquirido em sala de aula. Esta síndrome vem se tornando comum entre os professores da rede municipal de educação do Rio.
Os problemas na relação entre aluno e professor não se restringem apenas às escolas públicas. Uma professora da rede privada que não quis ser identificada conta que lidar com alunos clientes é um desafio diário. "Uma criança de 12 anos me disse que eu tinha a obrigação de explicar quantas vezes ele quisesse porque ele estava pagando", disse a professora.
O presidente do Sindicato dos Professores do Rio, Wanderley Quêdo, diz que muitas escolas entraram na lógica mercantil. "Educação não é uma mercadoria", alerta.
A professora Joseneide destaca: "Muitos colegas me dizem: 'não liga, não é teu filho, dá tua aula e pronto. Mas quando a gente é muito apaixonada pelo que faz, a gente acredita que a educação pode mudar o mundo pessoal daquela criança."
Para a presidente do Conselho de administração do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), é importante valorizar a formação do professor. "Muitas vezes o professore não foi formado para lidar com jovens e adolescentes", disse Maria Alice em entrevista ao 'Jornal da Dez'. "A escola não está sabendo lidar com os desafios do século XXI. Se a escola se tornar muito desconectada com o mundo real que o jovem vive torna este aluno desinteressado. Ele acaba sendo agressivo contra a própria escola. É muito importante pensar que a escola tem que formar jovens e adolescentes para ter participação ativa na sociedade."

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