04/06/2012
CONHEÇA O PERFIL DOS JOVENS QUE ESTÃO EXPERIMENTANDO A LIDERANÇA,
OS DESAFIOS QUE ENFRENTAM E COMO AS COMPANHIAS OS PREPARAM PARA AS
RESPONSABILIDADES DA GESTÃO
Dentre as empresas que participaram do Guia VOCÊ S/A – As Melhores Empresas para Começar a Carreira 2012,
70% afirmam que incentivam seus jovens funcionários a ter experiências
pontuais de gestão. Esse exercício de liderança faz com que eles assumam
algumas responsabilidades de gestor sem necessariamente ter de
incorporar alguns ônus da função. A finalidade é desenvolver neles
habilidades de liderança on the job e deixá-los prontos para assumirem
cargos de chefia quando surgirem.
Na Promon, empresa de engenharia com sede em São Paulo, os jovens são
chamados a ocupar temporariamente o posto de líder de projeto quando há
oportunidades — e elas acontecem o tempo todo. Leandro Seki, de 26
anos, engenheiro eletricista, que está passando por essa experiência,
explica que existe uma certa pressão, mas há um forte apoio dos
profissionais seniores. “Embora eu consiga assumir a responsabilidade
maior, sei que não estou sozinho.”
Adriane Takeda, de 26 anos, engenheira do meio ambiente, passa pela
primeira vez por essa experiência, que considera desafiadora. “Ganhamos
liberdade e responsabilidade à medida que mostramos que podemos lidar
com problemas maiores.” A coordenadora de RH da Promon, Roberta
Bonamigo, defende que, dessa forma, a liderança é desenvolvida de
maneira natural e se torna, mais do que um cargo, uma atitude comum a
todos os funcionários. “Eles precisam liderar a si mesmos”, diz
Roberta.
A vontade de crescer de maneira rápida e vertical é uma marca da
atual geração. A ambição corporativa é também um valor buscado por
muitas companhias na hora do recrutamento, que enxergam aí um desejo de
comprometimento sincero. No Banco Bradesco, são bem-vindos os
profissionais que sonham, de fato, “em se tornar presidentes do banco,
porque isso é possível”, diz José Luiz Rodrigues Bueno, diretor de RH da
instituição. Mas os principais atrativos para essa geração são a
capacidade de inovar e de impactar pessoas com atitudes de liderança. “O
fato de não possuírem vícios profissionais faz com que levantem
questionamentos para a renovação de ideias e inovação de processos e
produtos”, explica Sandra Rodrigues, diretora de desenvolvimento
organizacional da GE no Brasil.
De acordo com Tatiana Costa, coordenadora de RH do Google, a busca de
gestores que têm uma liderança natural causa impacto positivo e rápido
na equipe. Dentre os jovens profissionais que participaram da pesquisa
deste Guia, a média de tempo que levaram para se tornar líder é de cinco
anos e meio. O cargo de gestor, como supervisor, coordenador e gerente,
costuma vir entre 25 e 29 anos. É o caso de Douglas Lazaretti, de 28
anos, gerente de uma das agências do Bradesco. “Não esperei a
oportunidade chegar para me preparar, eu me antecipei a isso”, diz
Douglas. E, como ele quer continuar crescendo, executa seu trabalho
pensando nos futuros cargos de liderança.
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